terça-feira, 1 de setembro de 2009

Resumo da obra O sertanejo de José de Alencar


Obra : O sertanejo





Autor: José de Alencar
Escola Literária : Romantismo
Classificação: romance regionalista
Tempo: cronológico, linear
Espaço: Quixeramobim
Foco narrativo: 3 ª pessoa – heterodiegético
Protagonista: Arnaldo
Resumo
Nos primeiros capítulos da obra “O sertanejo”, o narrador , em terceira pessoa, nos apresenta a paisagem local, em seguida , aparece o herói da trama, o jovem Arnaldo, rapaz de “vinte e um anos, rosto queimado pelo sol , um buço negro como os compridos cabelos que anelavam-se pelo pescoço” ( p.12).Como um cavaleiro dos tempos medievais, ele é um homem forte de corpo e alma, temente a Deus e a seu patrão, o Capitão mor Gonçalo Pires Campelo, e adora sua meia irmã, Flor, companheira de folguedos, como um anjo ou como a própria virgem Maria.
A narrativa inicia em 1764, em Quixeramobim, Ceará, com a descrição de um comboio do capitão mor e sua mulher D. Genoveva, retornando à fazenda “ Oiticica”, depois de uma temporada em Recife, onde conheceram Marcos Fragoso, jovem que ficou interessado em Flor.
Flor estava um pouco afastada do grupo no retorno à fazenda, observa que um incêndio alastra-se pela floresta, fica apavorada e desmaia. Neste momento, aparece Arnaldo que a socorre.Chegando em casa, já acordada do susto, ela não sabe explicar quem a salvou .O capitão Gonçalo manda seus empregados descobrirem quem foi o culpado pelo incêncio. A culpa cai sobre Jó, um velho solitário, que vivia numa cabana próximo à fazenda. O fogo começou perto da moradia dele, mas Arnaldo, sabendo quem foi o verdadeiro culpado, esconde o velho numa caverna para que o capitão não o encontre.Vai atrás de Aleixo Vargas, conhecido como Moirão, para prestar contas do ocorrido. Aleixo explica ao sertanejo os motivos que o fizeram tomar esta atitude, diz que Gonçalo o humilhou e como forma de vingar-se dele resolveu ocasionar o incêndio. Aleixo é proibido de pôr os pés na fazenda, caso desobedecesse, pagaria com a própria vida, alertou o sertanejo.
Flor vai até a casa de Justa, mãe de Arnaldo, e entrega-lhe um rosário de presente. Durante a conversa delas , o leitor percebe o mistério que envolve Arnaldo. No mesmo dia que ele nasceu, aparece um relicário vermelho em seu pescoço e Justa não sabe quem o colocou.Daí passa a acreditar que o filho está protegido de todos os perigos. Realmente o sertanejo não teme nada , nem a ninguém , pois enfrenta todos os perigos, inclusive um tigre que aparece na fazenda causando medo em todos, menos nele, que puxou a fera pela orelha.Entretanto, Arnaldo tem um comportamento indomável,pois não obedece a seu patrão.Numa conversa entre eles, declara que não está nos seus planos o casamento, sua vontade é estar sempre ao serviço de Gonçalo e sua família , o capitão não esconde sua irritação, pois havia adotado Alina para ser a futura esposa de Arnaldo.
Aparece um futuro pretendente para Flor. Trata-se de Marcos Fragoso, moço que veio de Recife e mora na fazenda vizinha. De passagem com seus empregados pela Oiticica, Marcos inclina-se cortejando Flor com o chapéu.Arnaldo observa tudo e quando a cavalgada vai embora, sente uma profunda tristeza como nunca sentira, pois começa a ver a presença de um suposto rival. O desejo do sertanejo de ter Flor somente para ele começa a desabar e declara firmemente: “Flor não pertencerá a nenhum homem na terra .Ainda que seja à custa da minha salvação eterna. (p.84) .Triste, desabafa com o velho Jó o motivo da tristeza: - Quiseram roubar-me o que mais amo neste mundo.(p.86) . Fazendo referência a uma mulher, no caso, Flor.
Desaparece da fazenda a Bonina, a novilha preferida de Flor, Arnaldo traz o animal de volta e a moça agradecida dá uma bolsa para ele, contudo, ele dá pouca importância ao presente e atira ao fogo , depois fala de forma ríspida: - Pague aos seus criados! (p.106).Ela vai embora dizendo que ele não merecia o presente.

Segunda parte

Marcos Fragoso procurando cada vez mais aproximar-se de sua pretendida, convida Gonçalo para uma montaria. Na conversa com o primo , Fragoso confessa que não será fácil o capitão conceder a mão de Flor, visto que é um homem arrogante e autoritário.Dourado, um boi famoso nos arredores pela dificuldade de domá-lo, é o centro da conversa entre os vaqueiros,pois nem o mais famoso campeador Louredo, pai de Arnaldo, conseguiu esta proeza. A fim de se exibir para os convidados Marcos Fragoso, muito orgulhoso, diz que pegará o boi para oferecê-lo no almoço, no entanto, o único que consegue esta façanha é Arnaldo.Quando esteve de cara com Dourado, resolveu não matá-lo, mas o marcou com ferro que pertencia a Flor, para que ficasse registrado seu ato heróico.
Marcos combina com seu empregado, Luís Onofre,um plano para seqüestrar Flor, caso o capitão não conceda a mão dela Ao realizar o desejado pedido, o capitão responde: - O capitão –mor só tem uma palavra. Disse não, é não.
E Marcos retribui : - Pois saiba Vossa Senhoria que eu , Marcos Fragoso, também só tenho uma vontade e irrevogável. Jurei que sua filha seria minha mulher e com o favor de Deus , ela há de sê-lo. ( p.151)
Arnaldo sabendo dos planos de Fragoso, pede ajuda ao velho Jó para livrar Flor da armadilha. Chegando ao local onde Onofre e sua comitiva estavam, espera o momento de entrar em ação.Os encontra adormecidos, pois Jô pôs uma mistura de ervas na bebida deles.Ele os amarra para impedir que escapem e assim o plano de Fragoso não teve sucesso.
No capítulo X, ainda da segunda parte, há o recurso da flashback,ou seja, a volta ao passado para que o leitor saiba como foi a convivência durante a infância e adolescência de Arnaldo e Flor.Criados como irmãos, junto com mais dois jovens : Jaime, sobrinho do capitão e Alina, moça pobre e órfã.Quando relembra esta fase da sua vida ao lado de Arnaldo, Flor interroga-se acerca dos seus sentimentos, pois ela, filha do capitão não podia se envolver com um agregado da fazenda: “ Arnaldo a seguira com os olhos cheios d’alma. A donzela ao voltar-se o avistara, mas desviou dele a vista, sem a menor perturbação ou sobressalto, com uma indiferença plácida e fria, que transpassou o coração do sertanejo. (p.184)
O capitão prevendo as possíveis ações de Marcos Fragoso para ficar com Flor, arranja um noivo para ela. O escolhido foi Leandro Barbalho, sobrinho do capitão. Flor concorda com a decisão paterna O capitão escreve uma carta ao sobrinho pedindo que ele compareça o mais rápido possível à fazenda.
Chegaram à Oiticica, dois viajantes, uma dama a cavalo, acompanhada de um velho a pé. Os dois se apresentam ao capitão- mor e pedem hospedagem. A mulher chamava-se Águeda, disse que era viúva e seu marido fora assassinado por defender o capitão das maledicências.Depois de ser acolhida na casa de Campelo, Águeda se insinua para Arnaldo, percebe também o interesse dele pela filha do patrão. Convida-o para ir ao seus aposentos, quando ele entra , não perde tempo e tenta conseguir um beijo dele.Tomado de terror, ele a repele e sai do quarto.Na verdade os planos de Águeda são outros, seu verdadeiro nome é Rosinha. Veio a serviço de Marcos Fragoso para seqüestrar Flor. Graças a vigilância atenta de Arnaldo, o plano falhou.
Marcos Fragoso, numa última tentativa “amigável” , envia uma carta ao capitão , mantendo o mesmo pedido de casamento, a resposta permaneceu negativa.Furioso com a situação, Marcos pretende invadir a fazenda Oiticica e levar a moça de qualquer jeito. Já havia chegado Leandro Barbalho, que veio para conhecer a noiva e fazer a vontade do tio. Arnaldo não simpatiza com ele , mas sabe que Barbalho não ama Flor . Ele , Jó e alguns índios se preparam para defender o capitão e sua família. Padre Teles dá início a cerimônia. Marcos ataca com seus homens, mas não contava que o capitão tivesse a ajuda dos índios. Leandro é atingido por uma flecha, que possivelmente foi lançada por Jó, a pedido de Arnaldo.O combate aumenta, mas Marcos, vendo que não ia conseguir o que pretendia, sai em retirada.
O capitão satisfeito com a harmonia restaurada na sua casa.Dá ao sertanejo o direito de usar seu sobrenome e ainda acrescenta que concederá qualquer pedido que o vaqueiro quiser.O leitor, é claro, pensa que ele pedirá a mão da mulher que ama em casamento, no entanto, ele pede a mão de Alina para Agrela, capataz da fazenda que ajudou na luta contra o Fragoso.
Depois disso, Flor fica muito triste pois passa a acreditar que Deus não quer que ela case com ninguém. Já Arnaldo fica contente porque continuará sendo seu herói e eterno admirador.
Na conclusão o narrador deixa o leitor com muitos questionamentos, entre eles qual o fim de Leandro Barbalho, já que não encontraram o corpo dele? E o que realmente Flor sente por Arnaldo? O velho Jó e o mistério acerca do seu passado , como assim vemos no desfecho: “ E aqui termina a história a que dei o título O sertanejo. O mistério que envolve o passado de Jô só depois veio a revelar-se e como esses acontecimentos, prendem-se intimamente a vida de Arnaldo, guardo-me para referi-los mais tarde, quando escrever o fim do destemido sertanejo, cujas proezas foram por muitos anos, naqueles gerais, o entretenimento dos vaqueiros nos longos serões passados ao relento, durante as noites de inverno”. (p.232)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Drogas

O uso das drogas e a legalização da Maconha

As drogas são substâncias químicas que causam dependência a muitos de seus consumidores.O uso delas podem ter vários motivos e finalidades.No Brasil, existem algumas drogas legalizadas e outras proibidas.Uma das proibidas é a Maconha.Então, se levanta a questão da legalização do seu uso.
Geralmente as drogas são usadas por dependentes químicos, que por sua vez, enchem ainda mais o bolso de traficantes em todo o mundo.Muitas vezes as drogas vem de outros países da América Latina.A legalização da maconha no Brasil pode ter dois resultados: ou diminuirá consideravelmente o seu consumo, ou ocorrerá aumento descontrolado do uso.As drogas causam muitas conseqüências ruins ao nosso organismo, como alucinações, dependência e uma série de outros danos, mas elas também são usadas em muitos medicamentos.
O que pode se dizer das drogas, é que elas destroem vidas e famílias cada vez mais, já que quando a família não vai bem, a sociedade também não vai.

Lucas Lima Mesquita – 1° Tarde

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Texto da aluna Lorena Lorrayne sobre a legalização do uso da maconha

Drogas, um problema muito comum no mundo inteiro,em contrapartida , em alguns países isso não é preocupação porque tornou-se legal o consumo,mas agora está sendo discutido a legalização da maconha no Brasil.Será que irá trazer mais problemas ou irá acabar de vez com eles?
A liberação para o consumo de uma droga como a maconha pode trazer o lado ruim ,mas também tem o lado bom ,se a ela for legalizada pode ter excesso nos hospitais de pessoas dependentes das drogas, mas por outro lado,poderá acabar com o desejo de consumo porque o que é proibido é mais cobiçado.
Isso deve ser questionado e bem pensado para acontecer no Brasil,já que há muitas crianças usando drogas pelas ruas e isso é errado, enquanto deveriam estar na escola ou na companhia da família.
Lorena Lorrayne, aluna da 1ª série do Ensino Médio da Escola São Francisco de Assis.

domingo, 19 de abril de 2009

Para quem está se preparando para o vestibular da UVA ( Universidade Vale do Acaraú ) ou para outra Universidade aí está o resumo da obra O cabeleira

Resumo O cabeleira

Dados gerais:
Autor : Franklin Távora
Protagonista: José Gomes
Secundários: Joaquim Gomes (pai) Joana ( mãe ) Luisinha( Moça órfã e religiosa) Florinda ( mãe adotiva de Luisinha)Teodósio ( comparsa do bando)Manuel Corisco ( faz parte do bando do Cabeleira) Marcolino ( homem que ajuda a polícia a pegar o Cabeleira) Cristovão de Holanda ( representante do poder na época e julga o final do protagonista) Chica (cabocla amigada com Timóteo) Timóteo ( taverneiro aliado do bando) Gabriel ( negro assassinado pelos bandidos) Liberato( irmão de Gabriel) Ricardo e Sebastião( filhos de Liberato) Vicente ( genro de Liberato) Matias ( caboclo velho assassinado pelo bando) Rosalina ( esposa de Liberato) Teresa ( mulher de Vicente) Josefa e Cândida ( respectivamente mulheres de Ricardo e Sebastião)
Foco narrativo: narrador em 3ª pessoa –Heterodiegético ( observador e onisciente), que muitas vezes é intruso expondo suas opiniões . Ex : página 90
Espaço : Recife (PE)
Tempo : cronológico , o narrador vai direcionando o leitor através dos anos, começa com 1773, depois 1776.
Classificação do romance: Regionalista
Escola Literária : Romantismo
Características do Romantismo presentes na obra : A religiosidade , o poder redentor do amor, a valorização da natureza , ressalta o boa índole dos personagens, a idealização da mulher etc .
Vida e obra do autor:
João Francklin Távora nasceu no Ceará, foi historiador , dramaturgo, romancista e crítico literário, alfinetou a obra de José de Alencar.Diplomado em Direito em Recife.Publicou 12 obras, sendo dois dramas, dois livros de contos, um livro de crítica literária, e sete romances,dentre os quais os mais importantes são os quatro da série “ Literatura do Norte” O cabeleira ( 1876) O matuto ( 1878) Lourenço ( 1881) e Um casamento no Arrabalde (1869) pequeno romance que o autor resolveu incluir mais tarde na série dos seus livros principais .
Fonte ( O cabeleira, Francklin Távora, ( texto integral)Editora : Martin Claret, 2003.)

Resumo da obra:

O romance não se ocupa apenas de pura ficção, conta a vida de José Gomes, O Cabeleira, cujo pai, Joaquim Gomes, foi um temeroso bandido. Pai e filho, associados a outro delinqüente, Teodósio, roubam e matam sem dó nem piedade. As populações pobres, com o pouco que tinham, eram forçadas a lhes dar alimento, dinheiro e sangue. O grupo decide assaltar a vila de Recife e a população, sabendo que os bandidos se aproximam, trata de fugir para o mato. Os que não têm para onde ir, oferecem aos criminosos hospedagem. Cabeleira, nessa época, tinha vinte e dois anos. Seus comparsas vão armados de facas, bacamartes e pistolas em direção à vila de Recife. Mais experiente, Teodósio é o primeiro a entrar no lugarejo, marcando a ingazeira da ponte, como local de encontro. A vila era pouco desenvolvida, por isso os esparsos moradores trancam-se cedo em suas casas, temendo roubos e assassinatos tão comuns na região.
Pai e filho chegam ao bairro da Boa Vista ao anoitecer. Como não sabiam que os habitantes, por ordem do governador, deviam colocar luminárias em suas casas, festejando a abolição dos jesuítas, ficam alarmados, pensando que serão descobertos. Mas logo se encontram com Teodósio, que rema uma canoa. Era 1º de dezembro de 1773. O povo festejava, passeando pela ponte iluminada de Recife, quando um deles reconhece o Cabeleira e se põe a gritar. A multidão começa a se dispersar desordenadamente, gritando, atropelando-se. Os dois malfeitores apanham suas facas, o Cabeleira grita que chegou e vem acompanhado do pai que, sem pestanejar, dá com o facão sobre a cabeça de um passante, espirrando sangue no rosto do matador. O filho não entende porque o pai fez aquilo, mas o degenerado e infeliz lhe diz que ali são mal-queridos e, portanto, é preciso fazer o trabalho bem feito. Incentivado, Cabeleira sai ferindo a torto e a direito. Os soldados da infantaria chegam e o povo preso na ponte, não tendo para onde fugir, lança-se às águas e logo os malfeitores, também, encurralados, fazem o mesmo. Um dos soldados é atingido pela vara de um canoeiro e desce correnteza abaixo. Teodósio foi quem o assassinou, enquanto buscava os comparsas. Em breve, estão todos na canoa com as armas na mão. Joaquim e o filho se encontravam na ponte para dar cobertura a Teodósio, que estava assaltando um armazém. Com a confusão, o velho assaltante teve tempo de praticar o furto desejado e, ainda, salvar os dois amigos, lançados à escuridão do Rio Capibaribe .
A violência do Cabeleira é incentivada pelo pai desde tenra idade: “- Tens pena tu, José? Pois sabe que é preciso que percas esta pena e que te vás acostumando a ser homem ... Não quero que chores.Quem é homem não chora; quem é homem faz chorar. (P.57).Aos 16 anos o menino demonstra extrema crueldade. Nessa época, mata de forma violenta Chica, uma mameluca, companheira de Timóteo, dono de uma venda de artigos roubados.Chica, enfurecida, porque o cavalo do rapaz estava comendo sua horta, dá uma forte pancada no animal que sai correndo desabaladamente. Não contente, a mulher passa a dirigir insultos ao bandido, e este de raiva lhe dá uma surra tão grande que ela acaba falecendo. Sua valentia fica sendo conhecida por todos, pois nesse mesmo dia, tinha feito um roubo, assassinado um comerciante e deixado, quase mortos, dois soldados. Timóteo jamais brigou com o malfeitor, pois o temia. Seu estabelecimento passa a ponto de encontro e venda dos produtos de roubo do trio. Nessa taberna, na ponte dos Alagados, escondem-se os três, após a confusão na vila de Recife. Mas, logo são sobressaltados pelo semblante desfigurado de Teodósio, que descobre ter deixado o dinheiro roubado no camarote da canoa que tinha desaparecido. Notam que dois meninos retornam com ela. Gritam para eles, mas os garotos, amedrontados, abandonam o barco, carregado pela correnteza, e se põem a correr. Cabeleira, pensa no dinheiro e atira certeiramente nas costas de um deles, mata o segundo a tiros, enquanto, sorrateiramente, Teodósio oculta de seus comparsas o fruto do roubo.
Segundo a tradição, o Cabeleira tinha boa índole, herdada da mãe, a fraca Joana. Na infância, Joaquim ensina ao filho a matar os animaizinhos, entregando-lhe uma pequena faca para ser usada contra todos aqueles que o provocassem: fosse velho, moço, mulher ou criança. A mãe se esforça para colocar o menino no caminho do bem e amor ao próximo:“-Senhor, protegei meu filho.Inspirai-lhe bons sentimentos.Que ele seja bom , e que vos conheça e tema.” (p.57). O marido decide partir levando a criança. Cabeleira fica abatido com a notícia, mas despede-se da querida amiga de infância, Luisinha, prometendo-lhe, quando voltar, não fazer mal a mais ninguém. Luisinha era uma órfã, criada pela viúva Florinda. A menina vai crescendo, ao mesmo tempo em que a fama do Cabeleira e do pai se fortalece. A cada novo terror, ela sente-se triste e angustiada, recordando a imagem do antigo amigo. Até que, ao fim de uma tarde, quando vai buscar água, se encontra com o Cabeleira, que acerta Florinda, quando esta vem em defesa de Luisinha. O bandido, não reconhecendo a moça, pretende levá-la consigo. Ela se apresenta e ele a liberta, dizendo que logo retornará para uma conversa. Liberato, um proprietário de terras, arrasadas pelos bandidos, reúne-se com outros moradores queixosos e propõe atacarem o bando do Cabeleira, mas os homens se negam. Liberato não desiste e acompanhado de seus dois filhos, Ricardo e Sebastião, mais o genro, Vicente, parte à caça dos malfeitores. Um de seus vizinhos conta o plano ao bando. Ao chegarem à clareira dos malfeitores, estes já os esperam e os liquidam. Dias mais tarde, quando o velho Matias, conhecedor das matas, vai em busca do grupo, encontra seus corpos. Retorna à casa do morto acompanhado pelo pai do Cabeleira que, a qualquer custo, deseja entrar onde se encontram as mulheres, esperando por seus familiares. Luísa, também, aí está, assistindo Florinda a expirar, após tê-la encontrado ainda com vida. Matias é morto avisando às mulheres sobre o ocorrido e sobre a presença dos bandidos. As cinco mulheres entram em pânico, enquanto Joaquim esmurra a porta, gritando para que elas saíssem. Percebendo que vão atear fogo a casa, elas decidem ficar.Morrem no incêndio, mas Luísa sai, carregando às costas a morta Florinda. Joaquim quer a moça para si, mas o filho enfrenta ferozmente o pai que decide perdoar seu desafio, enquanto o bando evita os policiais. Cabeleira abraça e beija ternamente Luisinha, fugindo com ela para a mata. Timóteo, forçado pelos policiais, leva-os até o esconderijo do bando, deixando o Cabeleira e Luísa nas matas. As milícias volantes cercam a região da província de Alagoas até a Paraíba, prendendo todos os ladrões, malfeitores e aterrorizadores das populações há anos, inclusive Joaquim e Teodósio. Entretanto, o povo ainda se sente ameaçado, porque o Cabeleira está livre.O bandido busca água e comida para a amada que o impede de matar as pessoas que cruzam seu caminho. O malfeitor deseja agradá-la , por isso joga fora o bacamarte e a faca como prova de que jamais fará mal a ninguém, reza e se arrepende de todo o mal causado: -Ah Luisinha! Você me abranda com suas palavras, em sua presença eu me considero criança.
-É Deus que me ajuda a quebrar seus ímpetos a moderar sua cólera.Ele há de ouvir meus rogos, há de inspirar-lhe horror ao sangue e aos instrumentos que o derramam.
E por um desses sublimes impulsos que só visitam o homem uma vez na vida, arremessou a arma dentro do rio.Este ato foi seguido de outro que o completou e confirmou. “(p.133).
Uma manhã, ao despertar, encontra a companheira morta, vítima de queimaduras no peito, por tentar salvar Florinda, de febre e da longa caminhada.Assombrado, o malfeitor descobre a ferida oculta com um lencinho, doido de dor, chora amargamente:“- Queimada! Oh! Luisinha, que sofrimento não foi o teu! Que dores não suportaste em silêncio, desgraçada criança! E como fico eu sem ti, meu amor? Ai de mim, Luisinha! Ai de mim! “ (p.139).Cabeleira ouve uma corneta e percebendo que a milícia está em seu encalço, embrenha-se mata a dentro, largando o corpo de Luísa para trás. Marcolino, um dos moradores, leva os soldados para o mato, mas não consegue localizar o bandido. Desapontado, resolve agir por conta própria; decidido a caçar o delinqüente a qualquer custo. Vai na direção de Pau D' alho, quando avista o malfeitor penetrando no canavial. Este já sabe que está cercado e a saída controlada. O cerco dura quase três dias, quando, finalmente, se entrega ao chefe, o capitão-mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti, que lhe dando voz de prisão, leva-o para sua casa, antes de encaminhá-lo à prisão mais segura, em Recife. A esposa do capitão-mor fica comovida com a dor e a música que saem da viola do Cabeleira e implora ao marido para deixar escapar a vítima da violência paterna. Mas Cristóvão de Holanda cumpre seu dever. Decorrido um mês, O Largo das Cinco Pontas, em Recife, ostenta a forca que fará justiça. Joana, a mãe do Cabeleira, implora para vê-lo, mas não lhe permitem. Vai para a praça aguardar o filho e chorar sua dor. Ele aparece pálido e diz arrepender-se do que fez, despede-se, dando adeus à mãe, que morre do coração entre as mulheres da praça.A morte dos bandidos não inibe a manifestação de outros malfeitores. O narrador pergunta: 'De que serviu pois a provisão régia?'. E, acrescenta: ' a pena de morte, que as idades e as luzes têm demonstrado não ser mais que um crime jurídico, de feito não corrige, nem moraliza'. Atribui aos crimes cometidos por Cabeleira à pobreza e ignorância, reclamando da sociedade o dever de dar a educação a todos e de organizar o trabalho.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O Sertanejo

Em breve , colocarei um resumo da obra O sertanejo, de José de Alencar no blog. Este livro entrou recentemente na lista das obras da UVA ( Universidade Vale do Acaraú) em Sobral-CE. Espero que meus alunos e demais pessoas leiam e escrevam sobre o que acharam. Até breve !ah , ia esquecendo, para quem ainda não sabe , as obras confirmadas para a UVA no próximo vestibular de Julho deste ano são O cabeleira , de Franklin Távora, O sertanejo, de José de Alencar, Esaú e Jacó , de Machado de Assis, O cortiço de Aluísio Azevedo e O missionário de Inglês de Sousa. Boa leitura para quem estiver se preparando!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Biografia de Caio Porfírio

Caio Porfírio Carneiro é natural de Fortaleza (1º de julho de 1928), tendo se radicado em São Paulo em 1955. Tem cultivado o conto com regularidade. Sua estréia no gênero se deu em 1961, com o elogiadíssimo Trapiá. Seguiram-se Os Meninos e o Agreste (1969), O Casarão (1975), Chuva – Os Dez Cavaleiros (1977), O Contra-Espelho (1981), Viagem sem Volta (1985), Os Dedos e os Dados (1989), A Partida e a Chegada (1995) e Maiores e Menores (2003). Seus romances são O Sal da Terra (1965) e Uma Luz no Sertão (1973). Publicou as novelas Bala de Rifle (1965), Três Caminhos, Dias sem Sol e A Oportunidade, estas em 1988. É autor também de ensaios, como Do Cantochão à Bossa Nova (ensaio sobre música popular brasileira), literatura juvenil (Profissão: esperança, Quando o Sertão Virou Mar..., Da Terra Para o Mar, do Mar Para a Terra, Cajueiro Sem Sombra), poesia (Rastro Impreciso), reminiscências (Primeira Peregrinação, Mesa de Bar, Perfis de Memoráveis). Tem recebido diversos prêmios, como o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1975. [2007].
Fonte : jornal da poesia

Caio Porfírio, autor de Trapiá




Assistam ao filme Ensaio sobre a cegueira

O filme" Ensaio sobre a cegueira"é uma revelação do nosso lado pior e mais primitivo, através da privados de ver, já que foram atingidos por uma cegueira branca que não sabem a causa e como se manifesta, acabem sendo trancados em locais desativados, no meio deles está a mulher do oftalmologista , que é a única que ficou sã, lá ela fica horrizada diante das barbaridades, que é obrigada a ver e fazer... o filme nos deixa a reflexão de que mesmo no local e em condições de pura sujeira, escassez de alimento e até racionalidade, é possível agir com generosidade e enxergar a dor do outro também , pois ser solidário, ainda vale a pena!!! Assistam e confiram pra tirar suas próprias convicções, melhor que o filme , só a leitura do livro!! Um abraço e um ótimo final de semana!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

TURMA DO 3º NOTURNO - 2008

Felipe, Roney, Cleilton, Vanesca, Sara, Gildenir, Simone, Narla.

terça-feira, 3 de março de 2009

Breve Apresentação!

Olá queridos alunos(as) da Escola São Francisco de Assis,

É uma grande alegria compartilhar com vocês a concretização deste desejo que há tempos guardava. Criá-lo não foi uma tarefa fácil ( nem tudo é tão fácil quanto se imagina , não é?) Vê-lo pronto é muito bom, principalmente porque desejo estreitar nossos contatos, além da sala de aula e contar com a colaboração de vocês para que ele torne-se atrativo , dinâmico, utilitário e bem interativo. Para isso, já espero contar com seus textos, críticas e sugestões, afinal, o espaço é nosso! Comecemos então! Um beijão pra todos!!